Fight or Flight entretém com ação, galhofa e ritmo frenético | Crítica

Fight or Flight 2025 é bom? análise Crítica resenha do filme

Fight or Flight é o tipo de filme que chega de mansinho, quase sem alarde, mas que rapidamente conquista seu espaço na conversa dos fãs de ação. Dirigido com precisão e embalado por uma proposta tão insana quanto divertida, o longa é uma verdadeira explosão de criatividade e pancadaria.

Imagine que um voo comercial se transforma num campo de batalha caótico quando dezenas de assassinos profissionais embarcam com a mesma missão: eliminar um alvo que ninguém sabe exatamente quem é. No meio disso tudo, Lucas Reis (Josh Hartnett), um ex-agente da CIA em fuga, se vê como o único disposto a proteger esse alvo e tirar a pessoa viva dali.

Essa é a premissa absurda e viciante de Fight or Flight, um filme que mistura ação desenfreada com humor galhofeiro, coreografias eletrizantes e uma sucessão de situações absurdas que, curiosamente, funcionam muito bem juntas.

Assista ao trailer de Figh of Flight

A influência de Trem-Bala (2022) é nítida — o tom debochado, os personagens excêntricos, os diálogos afiados e, claro, as lutas estilizadas remetem diretamente ao longa estrelado por Brad Pitt. Mas enquanto Trem-Bala apostava num humor mais calculado e numa execução refinada, Fight or Flight opta pelo exagero, pelo imprevisível e pelo caos, abraçando isso com convicção.

Josh Hartnett, surpreendentemente, entrega uma performance sólida. Conhecido por papéis mais contidos ou por suas participações esporádicas em grandes produções (Pearl Harbor, Armadilha, Oppenheimer), aqui ele encarna um protagonista quebrado emocionalmente, mas altamente funcional na pancadaria. Sua vulnerabilidade emocional dá peso ao personagem e o torna mais crível, mesmo em meio às sequências mais mirabolantes.

As cenas de luta, aliás, são um show à parte. Coreografadas com capricho e criatividade, elas aproveitam o espaço limitado do avião de forma inteligente, fazendo uso de corredores estreitos, compartimentos de bagagem e até banheiros para transformar cada sequência em um espetáculo visual. O trabalho dos dublês merece destaque, trazendo realismo e impacto aos confrontos.

Nos acompanhe no Instagram

Apesar da qualidade geral da direção e das coreografias, há momentos em que os efeitos visuais deixam um pouco a desejar. A maquiagem prática convence bem na maioria das cenas com sangue e cortes, transmitindo realismo e impacto. No entanto, em algumas poucas sequências pontuais, o uso de efeitos digitais para simular jatos de sangue ou ferimentos mais específicos parece mal finalizado, quase como algo tirado de uma produção caseira. Esses momentos não comprometem o todo, mas podem causar certo estranhamento e desconexão, justamente por destoarem do restante da qualidade técnica do filme.

O roteiro, por mais que se apoie em uma premissa absurdamente improvável, é surpreendentemente bem amarrado. Dentro das regras estabelecidas pelo próprio filme, tudo faz sentido, ou ao menos nos faz acreditar que faz. A direção tem domínio do ritmo, a montagem mantém a tensão e o humor no ponto certo, e a narrativa consegue escalar a insanidade sem perder o fio da meada.

Outro ponto interessante é o potencial de franquia. Fight or Flight termina com um gancho evidente para uma continuação, deixando lacunas e possibilidades em aberto. Em um cenário onde o cinema de ação busca novas caras e novos estilos pós-John Wick, este longa se posiciona como uma alternativa promissora, menos séria e mais debochada, mas ainda assim eletrizante.

Em resumo, Fight or Flight não reinventa a roda, mas entrega exatamente o que promete: entretenimento de primeira, ação estilizada e um bom humor que beira o absurdo sem perder a graça. Um novo nome no panteão dos filmes de ação galhofeiros que merece atenção e, quem sabe, uma sequência à altura.

E para ficar por dentro das principais informações sobre a cultura pop, siga @6vezes7 no InstagramTikTokTwitter e YouTube!

conteúdo relacionado

últimas publicações