The Electric State se esforça para acabar como todo o seu potencial | Crítica

The Electric State Netflix crítica oo filme é bom?

Com um elenco estrelado e a direção dos irmãos Russo (Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato), The Electric State chegou à Netflix cercado de expectativas. O longa adapta a graphic novel de Simon Stålenhag e traz Millie Bobby Brown no papel principal, ao lado de Chris Pratt, Ke Huy Quan, Giancarlo Esposito e Stanley Tucci. No entanto, apesar do grande potencial, o filme acaba entregando uma experiência apenas mediana e facilmente esquecível.

A trama se passa em uma realidade alternativa e retrofuturista da década de 1990, onde robôs conscientes coexistem com os humanos. Michelle (Millie Bobby Brown), uma jovem órfã, recebe a visita de Cosmo, um robô misterioso que ela acredita estar sendo controlado por seu irmão mais novo, Christopher, dado como morto. Determinada a descobrir a verdade, ela embarca em uma jornada pelo oeste americano acompanhada do contrabandista Keats (Chris Pratt) e seu parceiro robótico sarcástico, Herman.

Assista ao trailer de The Electric State

O filme mistura influências de Jogador Nº1, Wall-E e A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas, mas falha em transformar essas referências em algo único e marcante. Apesar das boas ideias presentes no enredo, a execução é superficial, tornando a narrativa genérica e sem grande impacto.

Além disso, a tentativa de inserir um final dramático resulta em diversas questões mal resolvidas. O longa não se preocupa em explicar como o mundo reagiu após a queda da empresa vilã, mesmo sendo uma sociedade completamente dependente da tecnologia que, de repente, foi simplesmente abandonada. Se havia uma intenção de criticar o uso excessivo da tecnologia, há inúmeros filmes que fizeram isso de maneira muito mais eficaz.

Outro problema está no tom do filme, que oscila entre a aventura e o drama sem conseguir estabelecer uma identidade clara. Momentos que deveriam ser emocionantes acabam passando sem impacto, e a trama só se sustenta pelo carisma do elenco – especialmente Chris Pratt e os robôs secundários. Os alívios cômicos funcionam e trazem alguma leveza à experiência, mas não são suficientes para torná-la memorável.

O desperdício do elenco talentoso também é notável. Stanley Tucci interpreta mais uma vez um vilão movido pela lógica de que “os fins justificam os meios”, mas sem profundidade. Giancarlo Esposito surge em um papel anti-heróico pouco desenvolvido, enquanto Ke Huy Quan tem sua participação reduzida a um mero facilitador de roteiro para que a protagonista avance na história.

No fim, The Electric State é um caso clássico de uma boa ideia mal aproveitada. Com personagens rasos e uma trama previsível, o filme se esforça para ser genérico, mesmo tendo em mãos todos os elementos para criar algo mais impactante. Ainda que tenha momentos divertidos e um visual interessante, a produção falha em explorar seu próprio potencial, resultando em uma experiência que dificilmente será lembrada.

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