Crítica | Toc Toc Toc: Ecos do Além sabe começar, mas apenas isso

Independente de já ter ou não assistido ao filme, é garantido que você já viu tudo o que acontece por aqui em inúmeros outros projetos. Toc Toc Toc: Ecos do Além atécomeça de forma intrigante, estimulando a curiosidade do público em relação ao viés que o longa abordará o horror. É lamentável que a história se perca e, no fim, o desenrolar dos acontecimentos se assemelham a um compilado de outros projetos recentes do gênero.

A presença de Antony Starr, o Capitão Pátria em The Boys, é provavelmente o maior chamariz do projeto. Desta vez marca presença interpretando Mark, um pai superprotetor, que precisa lidar com traumas antigos e auxiliar seu filho Peter (Woody Norman) que conta escutar vozes nas paredes de sua casa. O núcleo principal dos personagens é fechado pela mãe de Peter, Carol (Lizzy Caplan) e sua professora Miss Devine (Cleopatra Coleman).

O que inicialmente aparenta ser um enredo mais profundo, que vai brincar com nossas expectativas e criar novas dúvidas a cada acontecimento, rapidamente se torna um show de exposição. Questões que podem ser levantadas como: saúde mental, relacionamento tóxico ou até mesmo a temática espiritual/paranormal, são rapidamente explanadas sem tempo hábil para que o expectador contemple e devaneie sobre as possíveis respostas.

Toc Toc Toc: Ecos do Além

Quem menos deve aproveitar um projeto como Toc Toc Toc: Ecos do Além são os fãs mais assíduos do terror. Parte disso por ser uma categoria que já está acostumada com os clichês do gênero, mas pior que isso, é percebido com muita nitidez a inspiração (para dizer o mínimo) em cima de projetos dos últimos anos. Não ouso nem comentar sobre os filmes em questão, porque isso entregaria de bandeja o plot twist do longa.   

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Em suma, a produção entrega um primeiro ato carregado de ambiguidade, mas que peca ao nos transportar para o segundo e terceiro. Surpreendendo negativamente, as pontas frouxas são fechadas com aquele toque de preguiça, impedindo uma evolução narrativa mais constante.

O saldo final é a impressão de que o fim foi criado antes do começo e dessa forma, o projeto tem problemas de ritmo e oscilação no tom, que varia entre se aproximar e afastar da realidade. Além disso, é difícil se aproximar empaticamente de algum personagem; sem nenhuma exceção, suas motivações e atitudes são incompreensíveis e de modo geral, a experiência cinematográfica é muito enfraquecida quando não há conexão com a trama nem com as figuras que nela estão.

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