A proposta de O Homem do Saco era trazer uma nova abordagem para a lenda folclórica, transformando a figura do sequestrador de crianças em um vilão sobrenatural. No entanto, a execução do longa se mostra inconsistente, repleta de clichês do gênero e com uma narrativa que se contradiz ao longo da trama.
A história acompanha um homem traumatizado por um evento na infância que agora tenta proteger seu filho do mesmo destino. O conceito, embora promissor, rapidamente se perde devido a problemas estruturais e à falta de uma conexão emocional entre os personagens e o público. O protagonista, interpretado por Sam Claflin, é competente, mas a construção de seu arco não gera o impacto esperado. A relação familiar, que deveria ser o coração da história, soa superficial e pouco envolvente.
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A cinematografia, embora bem realizada, não se destaca como um elemento marcante. O terror aposta em uma fórmula já desgastada, abusando de jump scares previsíveis e pouco eficazes. O vilão, peça central do enredo, também não convence: sua aparência não causa o desconforto necessário para tornar sua presença realmente assustadora. Esse tipo de inconsistência compromete a imersão do espectador e enfraquece a ameaça que o antagonista deveria representar.
Além disso, o desfecho também não ajuda. O protagonista se sacrifica, mas a conclusão carece de impacto emocional, tornando-se apenas mais um evento previsível dentro de uma trama que já não despertava envolvimento. Há ainda indícios de uma possível sequência, mas diante da recepção negativa, talvez seja melhor deixar a história por aqui.
No fim, O Homem do Saco é um terror genérico que desperdiça seu potencial ao não oferecer inovação nem profundidade. O roteiro incoerente, a falta de tensão genuína e a ausência de personagens cativantes tornam a experiência esquecível. Para um filme que tenta ressignificar um ícone do medo infantil, O Homem do Saco acaba sendo mais esquecível do que aterrorizante.
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Esse texto foi escrito por Anna Lívia Rolim e editado por Maximiano Sousa.