Crítica | Only Murders in the Building conclui quarta temporada mais sólida do que nunca

Crítica | Only Murders in the Building conclui quarta temporada mais sólida do que nunca

Only Murders in the Building continua se reinventando e entregando temporadas que, mesmo com finais felizes esperados, mantêm o espectador intrigado e já antecipando o que vem a seguir. Desde sua estreia, a série trouxe algo raro no cenário hollywoodiano: a valorização de talentos experientes, combinados com a energia da juventude. Essa mistura se mostrou certeira, com a adição de participações célebres que elevam ainda mais a qualidade e o charme da produção.

A quarta temporada, recém-finalizada, trouxe mais um crime e uma série de situações suspeitas no esplendoroso Arconia, agora colocando o trio protagonista no centro de uma produção cinematográfica sobre eles mesmos. Um enredo metalinguístico que abre espaço para novas camadas de humor e drama.

O ritmo da temporada mantém-se fiel ao das anteriores: pistas aparecem, segredos são revelados, culpados são redimidos e novos suspeitos surgem inesperadamente. E, de forma impressionante, esses clichês não cansam. Pelo contrário, eles instigam o público a seguir na investigação, tentando descobrir o verdadeiro culpado e chegando ao final com uma conclusão surpreendente que estava, de fato, à vista o tempo todo.

Um dos momentos mais icônicos dessa temporada ocorre no sétimo episódio, em meio a um emaranhado de confusões. Imagine uma cena com Steve Martin, Selena Gomez, Martin Short, Meryl Streep, Eva Longoria, Zach Galifianakis, Melissa McCarthy e Eugene Levy, culminando em uma briga cheia de comédia entre Meryl Streep e Melissa McCarthy, com direito a puxões de cabelo. Um momento que beira o absurdo, mas que funciona perfeitamente dentro do universo da série. Absolute cinema? Talvez. Divertidamente magnífico? Com certeza.

Da esquerda para direita: Eva Longoria, Selena Gomez, Eugene Levy, Steve Martin, Martin Short e Zach Galifianaks.
Da esquerda para direita: Eva Longoria, Selena Gomez, Eugene Levy, Steve Martin, Martin Short e Zach Galifianakis

Com a morte misteriosa de sua dublê, Sazz (Jane Lynch), Charles (Steve Martin) e seus amigos se lançam em uma nova investigação. Dessa vez, os segredos obscuros do lado “pobre” do elegante Arconia vêm à tona. O trio descobre que o culpado improvável é o roteirista do filme sobre suas vidas, que havia roubado a história de Sazz em uma tentativa desesperada de alcançar o sucesso.

Ao longo da temporada, a série explora não apenas o mistério central, mas também os laços familiares de Charles, o futuro incerto de Mabel (Selena Gomez) e o romance de Oliver (Martin Short) com Loretta (Meryl Streep), trazendo camadas emocionais que enriquecem a narrativa.

Apesar de tanto protagonismo, Only Murders in the Building continua dando espaço para seus coadjuvantes brilharem, embora às vezes seja desafiador acompanhar tantas histórias paralelas. Ainda assim, o enredo flui de forma natural, amarrando todos os arcos com leveza e clareza, sem deixar pontas soltas. E, como já é marca registrada da série, o episódio final encerra uma narrativa ao mesmo tempo que planta as sementes para a próxima temporada.

A série está disponível no Disney+ com suas quatro temporadas completas. Para quem já está ansioso, a quinta temporada foi confirmada e chega em 2025.

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