Crítica | Planeta dos Macacos: O Reinado mantém a qualidade e aponta um recomeço para a saga

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Uma saga já consolidada, que agora chega à marca dos dez filmes, compreendendo absolutos clássicos até o ressurgimento da série em 2011, que rendeu uma trilogia aclamada pelos fãs. Já nesta altura, é normal surgir desconfiança sobre o que a franquia ainda é capaz de entregar, já que ultimamente a indústria está lotada de projetos questionáveis que abusam de um título respeitado apenas para levar público ao cinema (Halloween, Os Caça-Fantasmas, MIB e por aí vai).

Felizmente, com Planeta dos Macacos: O Reinado a história é bem diferente!  O longa teria um duelo um tanto quanto complexo: lidar com a ausência de seu grande protagonista (César) e desenvolver novas ramificações na sua construção de mundo que já foi pra lá de explorada.

Pela perspectiva de Noa (Owen Teague), somos apresentados a uma civilização de macacos vivendo pacificamente 300 anos após as ocorrências do último capítulo. Diante de sua luta pela subsistência, o grupo é dominado por uma comunidade liderada por Proximus Caesar (Kevin Durand) que acredita ser uma espécie de reencarnação de César e tem o objetivo de seguir propiciando a contínua evolução da espécie.

Veja o trailer de Planeta dos Macacos: O Reinado

Depois dos eventos de proporções exponenciais como vistos em Planeta dos Macacos: A Guerra (2017), a solução do roteiro para dar sequência a jornada é fazer recortes ao tamanho da ameaça, mas tentando manter certa relevância dos acontecimentos para que o longa não transpire um tom episódico ou mesmo insignificante.

Mae (Freya Allan) conduz o contraponto entre as espécies e suas divergências ideológicas, trazendo um panorama sobre o futuro dos humanos nesse universo, além de sua figura gerar uma interessante forma de explorar a parcialidade e o conflito de interesses a partir de sua moralidade.

Para um olhar mais desatento, a simplicidade da trama pode esconder tudo o que as linhas narrativas nos traduzem de modo menos literal. As reflexões, principalmente pautadas na inversão de valores, aqui é tratada por diversas óticas, desde a relação dos macacos com os ecos (humanos), a associação de poder bélico com a capacidade de evolução, a concepção de princípios/normas a partir do que é tido como verdade absoluta acerca de civilizações anteriores, além de diversos outro micro tópicos.

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A direção e aura que Planeta dos Macacos carrega continua em um bom nível, sem decair mesmo após tanto conteúdo já extraído. O filme funciona por si só (o que está cada vez mais difícil de se ver) e por estar cronologicamente distante dos demais, temos aqui um bom ponto de partida para quem ainda não conhece a saga.

Kingdom of the Planet of the Apes, no título original, traz um produto digno para uma série de filmes tão prestigiada no cinema. Não se propõe a ser o maior deles, nem perto disso, mas é eficaz em criar novos questionamentos e dar “pano pra manga” para uma possível nova trilogia. Uma ficção que não passa desapercebida, sabe criar senso de urgência e lidar com sua nova fase sem reciclar material, portanto, tendo êxito na originalidade do seu “Reinado”.

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