Crítica | Violenta e impressionante, “O Jogo que Mudou a História”, pode ser a melhor série nacional do ano!

resenha análise Crítica "O Jogo que Mudou a História", pode ser a melhor série nacional do ano!

Muito se fala sobre a guerra contra o tráfico, erradicação das drogas e violência policial, mas onde tudo começou? A série “O jogo que mudou a história”, que está disponível no Globoplay, apresenta uma visão detalhada da realidade carcerária e periférica do Brasil, no fim dos anos 70. Baseado em acontecimentos reais, a obra tem como objetivo contar a origem de um dos principais e mais temidos grupos de tráfico do Rio de Janeiro, o Comando Vermelho.

Essa primeira temporada dividida em 10 episódios, detalha diversas narrativas pararelas, que por alguns episódios pode soar confuso e bagunçado, mas que com o desenrolar dos capítulos e um pouco de ambientação histórica, é possível entender suas intenções.

Assista ao trailer da série O Jogo que Mudou a História:

Cada episódio é um choque de realidade, e impressiona para violência, sexualidade e abusos explícitos, mas não menos reais de uma história repleta de disputas por influência e poder, incluindo o fortalecimento de núcleos de milícias em prisões que deveriam ser de “segurança máxima”.

A trama mostra o sofrimento conhecido do povo brasileiro, que rala para garantir o mínimo, tem dificuldades de ressocialização e a manutenção de velhos vícios. O enredo é incrivelmente distribuído e as atuações são impactantes, principalmente com tamanho elenco e diversidade de núcleos, que entregam interpretações muito boas.

Múltiplas histórias

Em um núcleo, Amarildo (Pedro Wagner) luta para sustentar sua família e ajudar sua comunidade, como representante, enfrentando os traficantes locais, garantindo um certo estado de ordem e respeito local. Em outro lugar, Gilsinho (Johnatan Azevedo) tem vida de rei em sua comunidade, controlando o fuxo de drogas e contrabandos da região, ao mesmo tempo que tenta garantir tudo de bom e melhor para “seu povo”.

Em outro núcleo, longe da liberdade, os presos de uma prisão tradicional do Rio tentam sobreviver aos conflitos, preocupações e disputas internas, ao mesmo tempo que tentam “lutar” por melhores condições carcerária e fim do abuso de poder. Em meio a tudo isso, a série consegue inquietar o espectador e até fazer com que tenhamos simpatia com seus vilões protagonistas.

Além de tudo isso, a série conta com vários rostos conhecidos da dramaturgia e cinema brasileiro, como Rômulo Braga, Babu Santana, Raphael Logam, Vanessa Giácomo e muitos outros, e algumas participações especiais como Natália Lage, Otávio Muller e Lúcio Mauro Filho, e os jogadores Cafu, Grafite, Michel Bastos e Carlos Germano.

Vale agora esperar que a série seja renovada e que consigamos ver e entender mais sobre como funciona parte dessa engenhoca precária brasileira.

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