Para quem assistiu ao retorno da franquia Caça-Fantasmas em Mais Além, filme de 2021, no mínimo esperava uma sequência a altura. E isso não aconteceu. Ghostbusters: Apocalipse de Gelo tinha um potencial enorme de explorar as várias cartas que tinha na mão, mas seguiu por um caminho desinteressante e fora do tom.
Um dos trunfos do filme anterior é justamente a sua alta carga de emoção, prestando homenagem aos filmes clássicos, mas construindo seu próprio rumo. Aqui, a balança se desequilibra num apelo saudosista de reposicionar o elenco antigo de volta ao protagonismo. Se em Mais Além o retorno do primeiro esquadrão foi a cereja do bolo, em Apocalipse de Gelo serviu como a maçã podre.
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Ainda falando do elenco, novamente Phoebe (Mckenna Grace) toma o protagonismo para si, fazendo com que todo mundo ao lado dela se torne coadjuvante. No entanto, ao contrário de seu antecessor, Ghostbusters: Apocalipse de Gelo não conseguiu construir uma narrativa interessante, deixando apenas um sentimento de monotonia no ar.
No entanto, o que mais decepciona é que o enredo gera expectativas de que algo está prestes a acontecer, mas o resultado é de uma eterna ânsia pela recompensa. O longa cria ótimas oportunidades, mas que não foram bem desenvolvidas. Para mais do que isso, o tom desse filme é totalmente desequilibrado. Com um humor bem fora do timing, são poucas as piadas que realmente resultam em risadas e não desconforto.
Apesar da decepção, nem tudo está perdido para a franquia Caça-Fantasmas (Ghostbusters). Tudo dependera de como vão contar suas próximas histórias. Por enquanto, o retorno da saga continua sendo um grande potencial a ser aproveitado. A possibilidade de ser um grande trilogia existe, mas em Ghostbusters: Apocalipse de Gelo, a chance de uma boa sequência foi desperdiçada.
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