Crítica | Five Nights at Freddy’s é uma boa aventura nostálgica

crítica Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim análise resenha

Finalmente chega ao cinema Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim, quase uma década após o sucesso estrondoso do jogo. Cabe relembrar que sua consagração acontece principalmente devido ao Youtube, que aquela época ainda era uma plataforma dominada pelos games. Vivemos um momento a qual era impossível abrir o site e não se deparar com dezenas de criadores jogando o maldito jogo de terror dos ursinhos macabros.

Agora, estamos sob a ótica de Mike (Josh Hutcherson) que vive um período um bocado conturbado, precisando cuidar da sua irmã e ainda superar traumas do passado. Em meio a isso, surge uma oportunidade de emprego na Freddy Fazbear’s Pizza, local onde as bizarrices começam a dar as caras. O elenco ainda possui as presenças em destaque de Matthew Lillard (o clássico Salsicha no primeiro live-action de Scooby-Doo) e Elizabeth Lail (Once Upon a Time).

É possível tirarmos certas constatações já a partir do primeiro contato mais cru com a obra, uma fonte de informação relevante é sua classificação indicativa, neste caso, 12 anos no Brasil. Um horror envolvendo pelúcias pode ter múltiplas abordagens, mas sabendo que o estúdio não restringe o projeto apenas a audiência adulta, é de se esperar que a trama seja mais simples e acessível, assim como o gore não seja um recurso tão utilizado.  

Assista abaixo ao trailer de Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim:

Logo temos uma grande aventura, que em oportunidades pontuais dispõe de elementos de terror, além de uma boa dose de comédia. A narrativa simples contém alguns fios para ensaiar alguma profundidade, todavia sempre presos ao mesmo núcleo da dupla de irmãos protagonistas. A tensão se manifesta bem em algumas ocasiões, no entanto longe de ser o objetivo principal do longa, que é divertir o espectador, independente de amedrontá-lo.

Adaptar jogos para as telonas é algo relativamente recorrente, mas que possui um histórico um tanto quanto controverso na indústria. Talvez o grande desafio seja ajustar as peculiaridades, dando atenção as particularidades básicas de cada mídia e se moldando ao que o expectador busca quando vai assistir ou jogar algo.

Um dos méritos deste longa é brincar com essas diferenças, trazendo ao cinema algumas mecânicas características do mundo dos jogos: o personagem-guia, que apresenta o ambiente e os objetivos; o stealth (modo furtivo); a utilização do cenário contra inimigos; a cooperação entre personagens e por aí vai. A sequência final é a que melhor relata de modo mais nítido esses componentes em cena.

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Five Nights at Freddy’s de 2023 não é algo grandioso, muito menos se propõe a ser. A ideia visivelmente é trazer uma história mais despretensiosa, entretendo toda família com um bom mistério e alguns plots que surgem pelo caminho. Um filme leve que convém se você gosta da lore do produto original, explorando uma “reimaginação” daquele universo para algo mais próximo do mundo real. Vale também para quem busca conhecer e se distrair, tomar alguns sustos e dar boas risadas em pouco menos de duas horas.

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