Crítica | Citadel é uma série de espionagem sem rumo

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A Amazon apostou alto nos irmãos Russo com a série Citadel e, após 6 episódios que concluíram a primeira temporada, o que resta saber é se eles colheram os frutos desse investimento.

Como comentamos anteriormente, a série é focada no mundo de espionagem, com o propósito de confundir o telespectador com inteligência e contrainteligência, onde mocinhos e vilões não são papéis tão claros e as decisões são surpreendentes.

Com essa conclusão de temporada, pode-se afirmar que, o enredo não é brilhante, mas isso não o faz menos intrigante e viciante. O estilo Russo esta na fotografia, escolha de cores e criação de diálogos, para os familiares a saga Vingadores da Marvel, algumas referências não intencionais se fazem presente, como uma cena que se inicia com um giro 360 de câmera e um antagonista contador de história, justificando seus atos e decisões.

Apesar de diversas críticas, a série prometa e entrega o suficiente e deixa claro para o que veio. Mas isso não impede de alguém questionar para onde foram os quase 250 milhões de dólares (sim, quase 1bi de reais) para ser produzida, tornando-se a segunda série mais cara da plataforma, atrás apenas de Os Anéis do Poder. O elenco é escasso e concentra-se em poucos coadjuvantes e elenco de apoio.

Os protagonistas apesar de decentes na produção ficam devendo algo a trama, deixando sempre faltar algo. Porém isso logo fica claro e torna-se digerível, quando ao fim da temporada, o espectador é presenteado com cenas da continuação da série, deixando claro que seus protagonistas não são fixos e que a intenção aparente, é que o universo Citadel vai ser trabalho por todo mundo, com novos rostos assumindo o destaque da história.

Mas afinal, como a temporada caminha e termina?

Os primeiros episódios são intensos e rápidos, os agentes em missão são emboscados em um trem, e após uma inesperada explosão, ambos são reiniciados – perdem suas memórias, para proteção. Nos episódios seguintes, vemos um salto de 10 anos no tempo e os agentes vivendo vidas comuns.

Após um antigo perigo voltar à tona, Mason Kane (Richard Madden) é interceptado por seu antigo chefe Bernard Orlick (Stanley Tucci), que convence-o de que ele não é uma pessoa comum e sim, um super espião, após uma tentativa falha de recuperar suas memórias, Kane decide procurar sua antiga parceira Nadia Sinh (Priyanka Chopra), que mesmo emboscados, consegue recuperar sua memória e salvar Kane de apuros. Os dois começam uma busca alucinante pela verdade e a liberdade de cada um e suas vidas, enquanto flashes do passado de ambos confundem o telespectador, sobre suas reputações e intenções.

Entre idas e vindas, segredos são descobertos e até mesmo a principal antagonista descobre-se tratar da avó de Kane. Apesar disso, ela não abre mão das ameaças e violencia para atingir seu objetivo, mas consegue ser impedida pelos dois agentes, no último episódio. Resolvido o problema de salvar o mundo, Kane tem a escolha de recuperar suas memórias e quando o faz, descobre seu passado como agente duplo e todas as coisas que fez, resultando em sua condição perigosa e incerta até ali.

Todas as pontas soltas são amarradas nesse ponto, mas soa estranho como a história de Mason e Nadia simplesmente termina ali, sem uma visão do que vem depois. Ao contrário e como descrevi acima, o episódio se conclui e logo pula para o teaser da nova história e do novo elenco que vem por ai.

Se a proposta é abrir histórias independentes e interligadas, esse universo pode até dar certo, mas acredito ser muito díficil manter tamanho orçamento, enquanto o retorno ainda é pequeno em comparação, o que resta por hora é esperar pra ver.

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