Crítica | 2 Corações: lições de vida, amor e família

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Entrando no clima do mês dos Namorados, a Netflix trouxe para seu catálogo recente o filme dramático 2 Corações, lançado originalmente em 2020, estrelado por Jacob Elordi (Barraca do Beijo – 2018), um drama fantástico e leve, inspirado em uma incrível história real.

A vida Chris (Jacob) e Jorge (Adan Canto), não poderia ser mais diferente, e a narrativa do drama deixa isso claro já nos primeiros minutos. Chris é um jovem adulto apaixonado pela vida, tentando encontrar seu caminho e ainda aproveitando tudo que a vida pode oferecer, enquanto Jorge é um jovem adulto nascido décadas antes de Chris, de família de cubana abastada, faz o possível para seguir tradições e honrar sua família, até sofrer um acidente e descobrir uma doença limitadora que torna difícil respirar.

Apesar das probabilidades, o filme escolhe por acompanhar a vida dos dois jovens em suas carreiras profissionais, a descoberta do primeiro amor e os desafios da vida adulta.

Há muito a se notar nessa produção, a leveza, o amor em cada ato, a intenção de celebrar cada conquista e momento da vida, e não apenas para os protagonistas, mas sempre deixando no caminho uma mensagem de esperança e perseverança para quem assiste.

Se pudesse resumir 2 Corações em poucas palavras, diria que é uma doce viagem espiritual pela vida.

Em suas respectivas histórias os personagens tem seus momentos de sofrimento, que são sempre colocados em paralelo, demonstrando que histórias diferentes também tem suas semelhanças. E apesar do tom dramático, há muito espaço para o romance.

Na escolha da construção da trama, temos o protagonista Chris narrando cada momento da história, como um leitor faria de um livro.

Mas se alguém pensava que a história só teria final feliz e meloso, fica a surpresa de uma reviravolta. Em um momento inicial da trama, o jovem Chris é internado as pressas com aneurisma, enquanto um Jorge mais velho encontra-se desenganado da vida, por seu quadro frágil.

O que somos presenteados é com a linha do tempo de uma vida completa de Chris e sua amada, assim como acontece com Jorge, e no momento que se acredita que tudo ficará bem, o narrador traz à tona a verdade sobre o destino: que o jovem Chris nunca se recuperou de sua condição e como vítima de um quase acaso, ele não resiste, ao mesmo tempo que descobrimos que Jorge ganhou mais tempo de vida com a chegada de novos órgãos, e assim a histórias de ambos de entrelaça, levando qualquer um ao choque e aos prantos com a descoberta.

A delicadeza e intensidade desse final da história deixa sua lição e principal moral: da brevidade da vida e dos momentos, que tudo pode ser inesperado, mas nada deve ser deixado para depois.

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