Conhecido por seu jeito peculiar e quase excêntrico, Zack Snyder costuma deixar boas marcas por onde passa. As suas novas produções lançadas na Netflix esse ano, comprovam isso e abrem portas para seu apocalíptico Snyderverse.
Primeiro Filme
Em maio desse ano estreou Army of the dead: Invasão de Las Vegas. Clássico trash zumbi, o filme diverte pelos personagens caricatos, abertura irreverente e enredo que prende e agrada pelo óbvio. Estrelado por Dave Bautista, que interpreta o aposentado matador de zumbis Scott Ward.
Scott é recrutado por um magnata para junto de um grupo de mercenários entrarem na cidade de Las Vegas – isolada do mundo por estar tomada de zumbis, para um assalto que mudaria a vida de todos os envolvidos. Entre o grupo de Ward está o arrombador de cofres Ludwig Dieter (Matthias Schweighöfer), que ganha destaque por seu comportamento amedrontado, engraçado e atrapalhado. A história gira em torno da invasão, com alguns dramas familiares entre Scott e sua filha, e desentendimentos de partes interessadas nos bens deixados para traz na cidade sitiada. O filme tem um desfecho surpreendente, onde poucos sobrevivem ao feito, graças a planos paralelos que são descobertos ao longo da invasão e várias coisas que dão errado. O desfecho deixa ainda espaço para mais histórias serem contadas, criando um universo próprio a ser explorado e muitas perguntas a serem respondidas.
Segundo Filme
Já o filme Army of the Thieves – Exército de Ladrões, lançado no final de outubro, traz uma feliz surpresa: a continuação da saga lançada no início do ano e mencionada acima, Army of the Dead, mais especificamente, um prelúdio de ninguém menos do que o arrombador de cofres Ludwig Dieter, interpretado novamente por Matthias Schweighöfer, que também dirige a sequência, deixando a produção nas mãos de Snyder.
A história mostra a vida pacata de Ludwig, na Alemanha, antes de conhecer Gwendoline Starr (Nathalie Emmanuel), uma procurada ladra internacional que o recruta para arrombar uma coleção de quatro cofres raros e especiais, objetos da obsessão de Ludwig e o motivo que os uniu. Eles se reúnem com outros três especialistas em roubo e juntos conseguem invadirem dois bancos na Europa e abrirem 2 dos 4 cofres em questão. No fim do segundo assalto, Ludwig é surpreendido por um de seus parceiros, que por uma crise de ciúmes com Gwendoline, o deixa para trás, sendo perseguido pela polícia. Porém, ele consegue escapar e ao voltar para casa, encontra Gwendoline e uma das comparsas, Korina, aguardando-o. O trio então planeja e executa um terceiro assalto que leva-o a abrir o terceiro cofre. Logo depois disso, são emboscados pela Interpol e em sua tentativa de se redimir com Ludwig, Gwen troca sua liberdade pela dele, que escapa. O interessante desse filme é que durante toda a história, há flashes de notícias nas TVs reportando o caos instalado em Las Vegas, com o ataque zumbi, ainda desdenhado pelas pessoas daquela parte do mundo.
O filme poderia acabar por aí, mas na sequência final vem o ápice que muitos esperavam, onde vemos Ludwig, agora nos Estados Unidos, sendo recrutado por ninguém menos que Scott Ward, que apresenta a ele o cofre que precisa ser aberto em Las Vegas, o quarto da coleção rara que ele tanta almejava. Cena essa que também aparece no primeiro filme.
Dessa forma, temos o ciclo de Ludwig completo, de como começou e como chegou ao grupo de mercenários, sua presença em ambos os filmes e que culmina em um dos poucos sobreviventes ao assalto.
O que vem por aí?
Assim como as óperas de Richard Wagner tanto citadas em ambos os filmes, esse “Snyderverso” está longe do fim. Durante uma entrevista ao Inverse, Snyder comentou sobre seus futuros projetos sci-fi e liberou o título de sua sequência zumbi, Army of the Dead 2: Planet of the Dead, livremente traduzido como Exército dos Mortos 2: Planeta dos Mortos. Além de não descartar a possibilidade de criar outros spin-off, para histórias que não foram contadas ou ficaram em aberto.
Nenhuma outra produção envolvendo a franquia foi anunciada até agora, então, no momento, só nos resta esperar.
