Por Dentro da Pixar | O documentário que mostra os bastidores da empresa de animação

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Em novembro de 2020, foi lançado o documentário Por Dentro da Pixar, que mostrava os bastidores do estúdio de animação e como a Pixar funcionava como empresa. O documentário foi feito em formato de série e cada um dos episódios trazia uma personalidade diferente da empresa, desde os diretores e animadores até os assistentes gerais e cozinheiros.

Assista ao trailer:

A Pixar é um dos maiores estúdios de animação atualmente. A empresa foi criada em 1979, como parte do grupo de efeitos especiais da Lucasfilm, conhecida como Graphics Group. Em 1986 nasceu a Pixar que viríamos a conhecer, após ter se tornado uma corporação individual, sendo financiada por Steve Jobs.

As animações que assistimos nos cinemas são, literalmente, só a ponta do iceberg. Tudo o que é produzido, é feito com uma profundidade absurda. As várias histórias memoráveis e emocionantes que presenciamos são, quase sempre, reflexo de algo real.

Tomemos como exemplo o filme Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica. O longa foi feito tendo como base a vida do próprio diretor, Dan Scanlon. Depois que tinha a base do que iria ser sua história, ele só adicionou a “magia da Pixar” e pronto, tinha a receita para sua nova aventura. O mesmo se aplica a diversos outros filmes. As suas animações são metáforas de algo real.

Dan Scanlon onward Pixar dois irmãos diretor
Dan Scanlon, diretor de ‘Dois Irmãos’ (Reprodução: Disney/ Pixar)

A infraestrutura da empresa também é algo que merece destaque. O prédio do estúdio foi feito seguindo às ordens de seu criador, Steve Jobs. Jobs sentia que precisava estimular a criatividade de todos os funcionários, por isso, todo o prédio foi construído manualmente, sem usar nenhuma máquina automática. Cada parafuso e tijolo foi colocado à mão.

Além da construção, cada espaço é feito para parecer muito criativo. Todos os colaboradores personalizam às suas salas, do jeito que bem querem.

The Steve Jobes Building o escritório da Pixar
The Steve Jobes Building, o escritório da Pixar

Sabendo que o bem estar e experiências pessoais de seus colaboradores refletem no resultado final dos filmes, a empresa também promove e incentiva o networking e interação de várias maneiras. Por exemplo: a cada dois anos é realizado um torneio de minigolfe, conhecido como o “clássico da Pixar”, com o intuito de unir pessoas de diferentes setores; além de também premiar ideias revolucionárias — o prêmio, aliás, é no formato do personagem Russell, do filme UP! – Altas Aventuras.

Como já deu para perceber, a Pixar se preocupa bastante com a forma com os membros da empresa se sentem em relação à produção do conteúdo. As produções são feitas com extremo cuidado e preocupação e passam por várias avaliações antes de serem lançadas oficialmente. Para começar, cada animação demora, em média, cinco anos para ficar pronta. Cada minuto demora um ano e uma equipe de animadores fica responsável, cada um por uma cena.

Antes de iniciar a produção, são feitos centenas de desenhos e rascunhos, além de reuniões de storytelling, onde eles avaliam se aquela história está fazendo sentido — inclusive, são feitas diversas pesquisas de campo, como no filme Soul, onde o roteirista tirou a ideia da cena da barbearia ao conversas com o seu próprio barbeiro.

Quando o filme está pronto, entra em cena uma equipe responsável pela distribuição internacional. Eles cuidam de adaptar cenas especificas para todos os países necessários. Traduzindo textos e símbolos, por exemplo, mas também pode ser algo mais denso, como reanimar alguma cena, ou alterar algum personagem. Ao final de tudo, quando a produção foi dada como encerrada, é realizada uma exibição especial, onde todos os membros da empresa assistem ao filme.

A forma como eles humanizam a empresa é espetacular e, mesmo que só agora estejamos cientes de tudo o que acontece nos bastidores, sempre foi possível sentir que os longas do estúdio tinham um diferencial. A empresa se preocupa com o funcionário porque sabe que é dele que vem a alma das produções, já o funcionário se sente na obrigação de dar o seu melhor, porque sabe que aquele filme é reflexo de uma vida.

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