Crítica | John Wick 4 eleva o nível da ação com momentos exagerados e cenas impressionantes

crítica John Wick 4

John Wick 4: Baba Yaga colocou as cenas de ação em um patamar ainda mais difícil de ser alcançado. O filme estrelado por Keanu Reeves e dirigido por Chad Stahelski é impressionante, com momentos de encher os olhos não só pela alta carga de emoção, mas por cada composição de sua fotografia. A forma volátil como foi filmado é impressionante e nada parecido com isso foi feito até o momento.

Já falando de fotografia, cada take impressiona. O uso das cores, indo de tons quentes para frios, nos manipula para entrarmos cada vez mais na ideia do filme. Tudo é construído de forma sublime, apreciativo, para que fiquemos imergidos no filme não só nos momentos de ação, mas na calmaria em meio à tormenta. Para isso, a trilha sonora também se mostra fundamental, valorizando cada detalhe e ditando, literalmente, o ritmo certo para as coisas acontecerem.

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Os combates, que sempre foram o ponto alto da franquia John Wick, estão ainda mais impressionantes e exagerados — mas da maneira certa. As cenas de luta são de tirar o fôlego e cada novo embate nos deixa pensando “o que vai acontecer dessa vez?“. Sem receio de apostar no extraordinário, aqui temos uma das coisas mais impressionantes de toda a saga de filmes. Mesmo parecendo surreal ao ponto de ser absurdo, de alguma maneira a narrativa nos vende a ideia de que tudo aquilo pode acontecer, pois estamos falando de John Wick 4.

É impossível não compararmos com filmes que tem a temática semelhante. Os recentes Trem-Bala (2022) e Agente Oculto (2022) são bons exemplos, pois ambos colocam seus protagonistas em combates únicos, carregados de tensão e com muita adrenalina, mas ainda assim não conseguem emular todo o brilhantismo de John Wick.

Utilizando de alguns arquétipos clássicos e repaginados para colocar Keanu Reeves em embates que desafiam todos os seus feitos, o filme apresenta vários novos personagens interessantes, mas isso graças a sua construção de universo. A mitologia por trás de John Wick é rica e vem sendo escalonada, tornando tudo aquilo muito crível e extremamente organizado, sem que fique nenhuma ponta solta.

A maneira contemplativa como o filme encerra o arco de John Wick é belíssima e cheia de significado. Toda a sua jornada, de mercenário à marido dedicado, chega ao fim, como num drama sem final feliz, e talvez esse seja o único momento em que a trama derrapa. Não pareceu uma finalização, mas sim que não tiveram coragem de dar um ponto final e quiseram deixar um gancho para uma possível sequência.

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