Crítica | Tomando péssimas escolhas, As Marvels é um filme cansado e sem sal

As Marvels resenha crítica análise 6vezes7

As Marvels, novo filme do Universo Cinematográfico da Marvel, acaba de chegar aos cinemas. Sendo uma continuação direta de Capitã Marvel (2019) e Miss Marvel (2022), duas obras que dividiram o público, o novo filme está longe de ser o pior dessa saga e até entrega bons momentos, porém, sofre principalmente pela falta de inovação e desenvolvimento, se tornando apenas mais um filme esquecível de super-heróis.

Disparadamente, a melhor coisa do filme é o seu trio de protagonistas, que deveria ter recebido maior atenção. As interações entre Brie Larson, Iman Vellani e Teyonah Parris proporcionam ótimos momentos, mas nada que sirva para temperar a história insossa de As Marvels, que não é nada cativante.

Apesar de toda a simpatia das protagonistas, a sua história é rasa e não empolga em momento algum, deixando o público sem nenhum plot para comprar. Ao longo de sua curta duração, a obra teve boas chances de decolar, mas não conseguiu, sempre entregando o óbvio e beirando a monotonia. E nas poucas vezes que ousou ser diferente, foi freada pela já batida fórmula Marvel.

Nada aqui parece conversar. A narrativa força as emoções em cena numa cadência totalmente desbalanceada, intercalando de um momento para o outro sem saber conduzir o público para onde quer ir. Somando isso a sua trilha sonora desinteressante, temos a receita para o desânimo.

Ao todo, As Marrvels tem a duração de 1h45min, que é pouco tempo para o filme trabalhar tudo o que desejava. Por conta disso, sua montagem atropelou o roteiro, fazendo com que a narrativa apresentasse várias incongruências e cortes secos, não dando motivos para o público se conectar com nada do que foi mostrado.

E pior do que não ter tempo para trabalhar pontos importantes, a narrativa ainda perde minutos de tela com bobagens desnecessárias e sem sentido. No apanhado geral, percebemos que eles escolheram optar por piadinhas sem graça, ao invés de responder algumas questões e aprofundar sua trama. Como por exemplo, a relação entre Monica Rambeau e Carol Denvers, algo que os fãs aguardam ser melhor desenvolvido há um bom tempo, mas se tornou um diálogo apressado e sem nenhuma profundidade – assim como o restante da história.

O maior mérito de As Marvels é não ser o pior filme de super-heróis lançado nos últimos anos e, obviamente, isso está longe do ideal.

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