Há muito tempo não se via um filme da Pixar que movimenta os fãs e a crítica. Sejam de histórias originais ou até mesmo de sequências, os projetos da produtora vêm sendo criticados por falta de originalidade ou por não acessarem o público como já fizeram antes. O anúncio de uma sequência para um dos mais aclamados filmes da Pixar, portanto, trouxe a esperança de renovação – e Divertida Mente 2 alcança as expectativas.
O filme, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (20), já arrecadou quase 380 milhões de dólares no mundo com sua estreia em outros países. Divertida Mente 2 teve a segunda maior estreia de um filme da Pixar no mercado dos Estados Unidos, ficando atrás apenas de Os Incríveis 2 (2018). No momento, o longa já ocupa o quinto lugar dentre as maiores bilheterias do ano, mesmo sem ter estreado em diversos países. Ou seja, o novo filho da Pixar promete ser um sucesso que não acontecia há uns bons anos.
O novo longa-metragem do estúdio de animação faz mais do que marcar as caixinhas de desejo do público. Divertida Mente 2 expande seu universo ao mesmo tempo que aprofunda sua história com o mesmo encantamento, cuidado e brilhantismo do original. A sequência, além de se equiparar em qualidade e desenvolvimento narrativo, ainda é capaz de mergulhar em camadas psicológicas atuais.
Veja o trailer de Divertida Mente 2:
A inserção da Ansiedade na vida da Riley (personagem principal) foi a escolha de ouro do estúdio para Divertida Mente 2. O desenvolvimento da nova fase da vida da jovem adolescente permite que os pais, o público infantojuvenil e os fãs vejam uma história madura que discute as dificuldades do crescer e se adaptar. Tudo isso abordando sentimentos extremamente reais e discutidos na atualidade – a exemplo da nova personagem e o que ela gera na gente.
A ideia de Divertida Mente 2 discutir sobre inseguranças e crises de ansiedade em um filme categorizado como infantil é uma jogada inteligente dos estúdios. O debate da saúde mental não poderia ser mais atual para qualquer faixa etária. Afinal, vivemos em um mundo ansioso e pós-pandêmico que sofre de sequelas de tudo o que se viveu nos últimos anos. Dessa forma, o filme, numa jogada sagaz, se insere nesse universo, se tornando ainda mais relevante e atual.
O roteiro de Divertida Mente 2 é certeiro ao introduzir a ansiedade e outros sentimentos mais profundos na inserção da Riley em sua fase da adolescência. Assim, a sequência consegue, além de criar mais camadas, abrir espaço para o futuro da narrativa. Quem sabe o próximo passo não seja ver a Riley no fatídico momento de escolher uma carreira e se jogar no universo da vida adulta.
Desse jeito, a Pixar consegue se manter relevante com a história, além de acompanhar o crescimento dos fãs que viram o primeiro quando crianças, o segundo na adolescência e assim em diante. Seria uma forma de Divertida Mente 2 se apegar ao seu público cativo tal qual a franquia Toy Story (1999-). Com essa estratégia de progressão narrativa, de sentimentos e idade da personagem principal, o longa se mostra um forte candidato para trazer novos ventos para as animações do estúdio associado a Disney. Afinal, a sequência é um retorno à Pixar que deu certo.
Diante de tudo isso, para o público brasileiro ainda existe uma cereja nesse bolo: a dublagem. Com uma equipe extremamente talentosa de dubladores, Divertida Mente 2 traz a personificação da Ansiedade em carne e osso para dar vida à personagem. Ninguém mais, ninguém menos que Tatá Werneck (Minha Irmã e Eu, de 2024) é a responsável por, ao lado de Miá Mello (Meu Passado Me Condena 1 e 2, de 2013 e 2015), que dubla a Alegria, comandar as rédeas dessa trama. E o resultado não poderia ser outro: altas risadas e muitos momentos emocionantes.
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