Crítica | 2ª temporada de The Bad Batch derrapa mas entrega um final impactante.

A animação de Star Wars intitulada The Bad Batch concluiu a sua 2ª temporada, porém, ela não teve o mesmo peso que seu ano anterior, onde tivemos mais da busca e perseguição pelos clones da Força 99.

Nessa temporada vimos muito mais o dia a dia dos personagens do que o andar da história como um todo, colocando alguns episódios bem fracos e sem conexão com a trama principal (os famosos encheção de linguiça). Porém, tirando esses episódios sem sal, que são poucos, a trama se desenrola muito bem, mostrando o que está acontecendo com os demais clones que estão sendo aposentados forçadamente, já que não são mais úteis para o Império.

Nesse ponto, temos três pontas na história como um todo, a 1ª é sobre os clones da Força 99, Hunter, Tech, Wrecker e Ômega, que tentam viver como podem pela galáxia, tentando descobrir seu verdadeiro destino. Com o passar da temporada isso se mostra claro, colocando eles em uma encruzilhada, continuar sendo nômades e lutando nas batalhas pelos outros, ou parar e viver em paz sem precisar mais lutar, e é nesse ponto que vemos nossos heróis tomarem a difícil decisão de largarem os blasters, e é ai que entra a 2ª ponta da trama.

Crosshair é um dos antigos membros da Força 99, mas após deixá-los e se integrar definitivamente no Império, ele acabou passando por alguns contratempos, mas o que mais fica evidente é o seu pensamento sobre tudo que vem acontecendo dentro das fileiras do exército, onde os clones estão sendo jogados de lado para os novos troopers, e nesse meio, ele acaba encontrando um velho amigo, Cody, antigo comandante do batalhão 212, que tinha como seu general o Mestre Jedi Obi-Wan Kenobi. A partir dai, ele vem se perguntando se ele tomou a escolha certa, e tudo isso se conclui quando ele vai em uma missão para um planeta nas fronteiras da orla exterior, para verificar o que havia acontecido com o posto avançado. Lá ele acaba encontrando os poucos clones sobreviventes, e após alguns acontecimentos, onde o comandante imperial acaba usando os clones como se não fossem nada (lixos), ele o mata, mostrando sua insatisfação contra o Império. Levado preso para uma fortaleza de pesquisa, lá ele descobre que os clones estão sendo usados como cobaias e tenta fugir, mas não vai muito longe, apenas consegue enviar um recado para seu antigo esquadrão, que decidem resgata-lo.

A 3ª ponta não é muito explorada, mas conta o que Echo está fazendo após sair da Força 99. Ele se junta ao Capitão Rex e outros clones sobreviventes, que estão tentando salvar seus irmãos e ajudando em partes na pré-rebelião contra o império, nesse ponto, vemos também a Senadora Chuchi sendo a voz no senado pelos clones, lutando pelos seus direitos, mas ela é apenas uma voz contra o império, e para isso, os clones tentam desesperadamente se unirem para salvar seus irmãos em meio a essa luta sem sentido.

Agora que falamos um pouco sobre cada ponto da trama, podemos concluir que, a história principal que une tudo isso, é muito interessante e muito bem contada, mas acaba sendo frustrada com episódios fracos e sem conteúdo, apenas “easter eggs” e o dia a dia dos personagens, sendo bem cansativo de assistir.

Mas o ápice da história fica por conta dos dois últimos episódios da temporada, onde muitas perguntas são respondidas e muitas outras surgem, colocando um foco imenso para a 3ª temporada, onde teremos a luta definitiva entre os clones e o Império, e bem possível o final da série em um todo.

Mas e a obra em si?

A qualidade de The Bad Batch não decaiu nem um pouco em sua 2ª temporada, mantendo a animação tão boa quanto o esperado. A dublagem está tão boa quanto antes, não deixando a “peteca cair” em nenhum momento, algo bem difícil para essa produção, já que o mesmo dublador (Ricardo Schnetzer) faz a voz de vários personagens, no caso os clones. Entretanto, a única coisa que pedimos, é que parem de fazer esses episódios que não colaboram em nada na história e foquem no que realmente todos esperam, a conclusão da trama dos clones.

Nota: 8