Como seria o mundo se as mulheres de fato fossem empoderadas, se elas literalmente tivessem uma força tangível que as distinguissem dos homens? Como o mundo lidaria com isso? É exatamente essas questões e narrativa que a série O Poder da Amazon Prime Vídeo aborda.
Lançada este ano, a temporada de 9 episódios, trabalha a força feminina de maneira nunca vista antes. Segundo a trama, a evolução fez com que as mulheres desenvolvessem um novo órgão para proteção na região da clavícula, inicialmente ativado em jovens adolescentes do mundo todo, O Poder é descoberto como uma trama, adormecida em todas as mulheres, como possível fruto de autoproteção desenvolvido pelo corpo.
Com um elenco de peso multinacional, que conta com nomes como Toni Collette, John Leguizamo e Eddie Marsan, a série acompanha ao longo dos episódios algumas jovens que, nas mais diversas situações descobrem seu poder, e usam ele para fugir de suas realidades e resolver seus problemas.
Conhecemos Allie, uma jovem americana que descobre seu poder em meio a um lar adotivo abusivo e usa sua nova descoberta para fugir de seu agressor. Temos Jos, filha da influente prefeita Jules, que vive em conflito com sua mãe, é introvertida e tem dificuldades em se expressar. Quando descobre seu poder, ela provoca alguns acidentes, chegando até a ferir seu irmão em uma disputa de irmãos.
Em outro continente, no leste Europeu, a jovem rebelde Roxy tem uma relação difícil com sua mãe e uma relação quase inexistente com seu pai, um judeu influente, de negócios duvidosos, que teve a filha fruto de uma relação extraconjugal. A jovem é uma das primeiras a aprender a controlar seu poder e usa isso em benefício próprio e para vingança.
Em outra parte do globo, na Nigéria, um jovem jornalista Tunde, rouba a cena e descobre o surgimento do poder e decide ir atrás dos lugares mais inóspitos para reportar as mulheres rebelando-se e enfrentando homens e governos repressores.
A série é um emaranhado de caos, misturando realidade e ficcção em um nível inesperado e surpreendente. Essa resposta a uma pergunta nunca feita antes impressiona e choca em vários níveis. Democracias em cheque, instituições em crise, ditaduras sendo enfrentadas, tudo por mulheres que com essa força a mais, tomam coragem para assumir seu lugar de direito, questionar injustiças e enfrentar quem e o que as oprime.
Comportando-se como uma visão de presente excepcional, a tanto a se debater e correlacionar com a realidade, a série torna-se prato cheio para provocar debates em termos de direitos, empoderamento, política, fake news, entre tantas outros problemas correntes, especialmente para mulheres do mundo todo.
A conclusão da temporada é repentina, deixando algumas pontas soltas, que podem ser bem trabalhadas em uma possível segunda temporada, que ainda não foi confirmada. De geral, a série vale cada episódio e deixa entusiasmo e satisfação quando chega ao fim.
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