Crítica | Herói de Sangue se destaca pela nova perspectiva dos filmes de guerra

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Herói de Sangue é um filme que expõe uma nova e dura perspectiva dos filmes de guerra. Estrelado e produzido por Omar Sy (Lupin, da Netflix), temos um drama pesado que fala de amor paternal, preconceito e o terror das trincheiras.

Com um recorte perspicaz, a beleza de suas cenas ajuda a narrar a história dolorosa e cruel de um pai senegalês que se alista no exército para salvar o filho, recrutado à força para lutar na Primeira Guerra Mundial pelo França.

Ao invés das já trágicas — porém batidas — tramas sobre o terror das guerras, Herói de Sangue deixa tudo mais intimista usando da relação entre pai e filho como plano principal da obra. Isso somada às questões raciais e violência colonial criaram o ambiente propício para que o filme se destacasse, e foi o que aconteceu.

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Apesar de não possuir nenhuma técnica surreal, fotografia excelente ou enredo empolgante, ainda assim é muito dificil tirar os olhos da obra. Herói de Sangue conquista na medida em que somos impactados com momentos horripilantes e temerosos.

Se relembrarmos dos tempos das aulas de história, tudo fica ainda mais cruel. Como o filme é baseado em fatos e se estima que quase 200 mil soldados africanos lutaram pelo exército francês na 1ª Guerra Mundial, é bem provável que muito do que vimos ali tenha sido feito com base nos relatos históricos da época.

Explorar uma nova ótica dos conflitos das guerras, cinematograficamente falando, é uma grande vantagem. Em um show de atuação e química de Omar Sy e Alassane Diong (O Rei das Sombras), Herói de Sangue é um filme tocante, que não sente pena em deixar o espectador desconfortável, pois sabe que não está trazendo à tona nada que não tenha sido proporcionado pela própria humanidade.

Por fim, mesmo longe do épico, Herói de Sangue merece estar na lista dos amantes de drama e filmes de guerra.

Assista ao trailer de Herói de Sangue:

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