Crítica | 5ª temporada de Cobra Kai reacende chama e entrega um ano espetacular

Cobra Kai retornou trazendo o que tem de melhor, não só boas sequências de luta, mas um enredo cheio de reviravoltas, piadas boas, ótimos diálogos e um desenvolvimento de personagens bem estruturado — além da boa e velha nostalgia. Com a mudança de tom que vem acontecendo desde a 4ª temporada, vemos Cobra Kai mergulhar ainda mais em sua própria mitologia, não só revivendo personagens, mas os atualizando de maneira concisa, enriquecendo ainda mais a trama.

A partir daqui teremos algumas referências aos acontecimentos da série, caso não queira saber nada a respeito, confira nossas primeiras impressões sem spoilers:

A 5ª temporada começa exatamente onde terminou o ano anterior, e embora divirta desde o inicio, é mesmo a partir da metade dos episódios que as coisas começam a ficar realmente interessantes. Ao trazer de volta problemas do passado, vemos personagens serem subvertidos e a trama começar a se desenrolar, entregando entretenimento de primeira. A série não tenta ser mais complexa do que deveria, mas por vezes acaba deslizando, com diálogos expositivos e momentos que fogem muito da realidade, porém, compensa as gafes apostando na emoção e paixão pelo seu universo.

Terry Silver (Thomas Ian Griffith), o grande antagonista da vez, se mostra como o típico vilão clássico, um cara com bastante recursos e que quer conquistar o mundo, mas serve muito bem ao seu propósito de fazer a engrenagem girar, criando um ótimo plot e proporcionando um ambiente perfeito para uniões improváveis, momentos divertidos e e consequências intrigantes.

Como já sabíamos, a 5ª temporada não é a última e prepara terreno para algo bem maior, principalmente para quem só quer ver uma boa trocação de socos: um torneio mundial de caratê! Muito embora isso só vá acontecer na próxima temporada, reascender a chama de Cobra Kai, não mudando a fórmula, mas a expandindo, é empolgante o bastante para comprarmos a ideia de mais algumas temporadas, mesmo com a sua fonte de nostalgia prestes a se esgotar.

Cobra Kai, como continuidade dos filmes de Karatê Kid dos anos 1980, resgata diversos personagens e tramas que foram apresentadas anos atrás, mas a trilogia clássica parece já ter jogado com todas as suas cartas: John Kreese, Terry Silver, Chozen, Mike Barnes e demais personagens secundários. O que resta agora seria canonizar Karatê Kid 4, que não agrada em nada, sendo considerado o pior de todos, com uma trama fraca e distante demais de tudo o que foi visto antes — contando apenas com o retorno do Sr. Miyagi (Pat Morita) e com outro protagonista, já que dessa vez Julie Pierce (Hilary Swank) é a “karatê kid” no lugar de Daniel.

O fato é que a quinta temporada de Cobra Kai entrega um dos melhores momentos da série desde seu 2º ano, depois da insana luta na escola. Ver a nova dinâmica dos personagens, seus novos desafios e arcos torna tudo ainda mais emocionante, criando uma experiência que realmente vale a maratona.

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