Crítica | Avatar: O Último Mestre do Ar mostra que a Netflix aprendeu como fazer live-action

Avatar: O Último Mestre do Ar live-action netflix crítica resenha análise

Depois do enorme sucesso que foi o live-action de One Piece, as expectativas para as próximas adaptações da Netflix cresceram consideravelmente — pelo menos por este que vos escreve. Depois do pirata que estica, quem também ganhou uma nova série foi Yu Yu Hakusho, que também agradou. Entretanto, mesmo com histórico recente a seu favor, a sua próxima aposta trazia consigo algumas ressalvas. Avatar: O Último Mestre do Ar havia perdido os criadores originais da animação, que deixaram a produção por conta de “diferenças criativas”. O que deveria ser uma enorme red flag para os fãs, na verdade veio para mostrar que é possível agradar ao fandom e realizar adaptações significativas.

Até pelo menos dois anos atrás, a Netflix era sinônimo de má adaptação – embora às vezes de forma injusta -, mas o que não faltava eram exemplos para isso: Death Note, Cowboy Beebop, Resident Evil e etc. Agora, parece que finalmente encontraram os profissionais adequados para produzirem suas obras, já os seus três últimos live-actions obtiveram sucesso de público e crítica.

No caso de Avatar, vimos que eles souberam utilizar muito bem o material original, encaixando elementos fundamentais em sua narrativa. Ao mesmo tempo, optaram por misturar certos arcos para dar mais dinâmica e fluidez ao seu roteiro. No entando, o custo para isso talvez tenha sido a falta de desenvolvimento de seus personagens.

Contudo, não podemos dizer que a série foi feita só com acertos. Quando comparado à animação original, o live-action perde muito de seu brilho, já que a adaptação investe bem mais em drama do que em carisma. Além disso, alguns momentos da série não funcionaram porque tentaram ser cópias fiéis do desenho, o que gerou certo estranhamento.

Percebemos isso em várias cenas ao longo de seus 9 episódios. Acontecimentos que deveriam ser sérios ficam com ar de paródia. Ao mesmo tempo em que certas piadas são reproduzidas literalmente, mas perdem a graça porque não possuem o lúdico da animação a seu favor.

Além disso, a forma escolhida para contar a história, apesar de funcionar, não é lá das melhores. O roteiro tem pressa de sair rapidamente das apresentações iniciais, imaginando que o público já conhece os protagonistas ou sabe minimamente do que a história se trata.

Mas mesmo com tudo isso, posso dizer que o saldo é muito positivo! Avatar: O Último Mestre do Ar é divertido e consegue manter um ritmo dinâmico e equilibrado. Aos fãs nostálgicos da clássica animação, um prato cheio. Para os recém chegados, uma boa porta de entrada para conhecer esse universo tão rico e vasto.

E para ficar por dentro das principais informações sobre a cultura pop, siga @6vezes7 no InstagramTikTok Twitter!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

conteúdo relacionado

últimas publicações