Crítica | Assassino Por Acaso faz rir e intriga até o último suspiro

Assassino Por Acaso é bom? análise crítica do filme

O ano de 2024 teve um excelente primeiro semestre no que diz respeito a um dos gêneros favoritos do público: a mistura aclamada de comédia e ação. Se há poucos meses tivemos a recepção surpreendente de O Dublê (clique aqui para ver a crítica), agora é a vez de Assassino Por Acaso chegar despretensiosamente e conquistar sua audiência com uma história tensa, cheia de reviravoltas, além de uma dose generosa de humor.  

O professor Gary Johnson (Glen Powell) leva uma vida comum, solitária e monótona, exceto pelo fato de prestar alguns serviços nada convencionais para sua profissão. Em uma de suas missões, ele encontra Maddy Masters (Adria Arjona) que o faz repensar suas escolhas e assumir novos riscos.

Veja o trailer de Assassino Por Acaso:

A produção usa dessa simples premissa para engatar as consequências mais imprevisíveis, que podem te levar de uma risada a um suspiro em questão de instantes. Com uma comédia na medida, sem se alongar ou tentar forçar piadas a qualquer momento, é possível que os desdobramentos do roteiro ainda possuam força, permitindo que quem assista não fique só esperando uma gracinha em cena, mas sim, a resolução de cada fio narrativo.

Talvez o grande mérito aqui seja deixar claro o tom do filme desde o início, e, mesmo com um clima mais leve, ser capaz de fazer o público se questionar pela moralidade dos personagens em tela, mas, independentemente disso, construir empatia tanto pelos protagonistas quanto por antagonistas (uma vez que não temos traçado o clássico padrão de herói e vilão).

Powell assume o papel principal com muita segurança e mostra que até mesmo numa comédia, gênero que é frequentemente esnobado pela crítica, é possível se destacar com uma grande atuação. Tudo isso se deve ao arco do seu personagem, que flutua gradualmente os traços de sua personalidade desde os primeiros segundos até a cena final, sempre com muita naturalidade.

A figura interpretada por Arjona dispõe de grande dualidade, assim como possui uma química ímpar com o protagonista, fator que acredito ser fundamental nestes casos no qual o casal é preponderante para o desenvolvimento do roteiro. Mesmo na posição de coadjuvante, Maddy é bem estabelecida e possui sua evolução dentro do longa, não caindo no clichê da mulher que tem como única função ser o par romântico.

Assassino Por Acaso, ou Hit Man no original, é extremamente divertido e deve agradar aos mais diferentes tipos de público. Não tem medo de ser escrachado, mas também sabe entregar um pouco mais de urgência quando convém. Com uma atmosfera bem singular e alusões cômicas que bebem de diversas fontes, é uma excelente experiência para quem busca aquele filme para relaxar e dar algumas risadas.

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