Crítica | Aquaman 2 e sua divertida jornada sobre possessão demoníaca

Você não leu o título errado. Aquaman 2: O Reino Perdido chega para encerrar mais um ciclo da DC nos cinemas e até tenta misturar alguns elementos fora do imagético dos super-heróis, mas e no saldo final, será que tudo isso funciona?

Jason Momoa retornou mais uma vez no papel de protagonista (agora mais caricato que nunca), enquanto temos um enredo que tenta atravessar mais afundo o limiar entre o surrealismo do gênero e os problemas do mundo real. Dessa forma, investindo sus cartas em temáticas como aquecimento global e o decorrente efeito-estufa. Além de ainda pincelar sobre o preconceito e a falta de harmonia entre as diferentes sociedades que habitam um mesmo espaço.

Quem também está de volta é Patrick Wilson (Orm), peça fundamental para o desenrolar da trama e, graças a sua ótima química com Momoa, são a dupla que mais possui tempo de tela. O maior problema está na construção do antagonista e passado os últimos anos, podemos garantir que a presença de um bom vilão é tão relevante quanto a do mocinho. Sem deméritos para Yahya Abdul-Mateen II (Arraia Negra), que entrega tudo o possível na medida em que o roteiro (deveras preguiçoso) o desenvolve, sendo basicamente um lacaio da entidade espiritual que é o verdadeiro inimigo.

Assista já ao trailer:

Por mais que o gênero esteja reconhecidamente saturado e Aquaman 2 não seja nenhum modelo de como furar esse padrão, James Wan mostra mais uma vez que sabe conduzir um filme para entregar uma experiência menos genérica ao público. A produção não é genial, muito menos uma referência para onde quer que a DC procure seu novo rumo, mas fato é que sabe entregar uma aventura contagiante, um humor que convém em muitos momentos e ainda sequências de ação muito bem gravadas, que servem bem para empolgar o expectador e prender sua atenção.

Diante de um provável reboot, vale apontar que o longa não se preocupa em deixar pontas soltas ou introduzir novas figuras ou eventos que vão impactar diretamente nos próximos capítulos de um grande universo. É apenas uma jornada de 2h, uma produção consciente da sua própria falta de pretensão, algo positivo já que não tenta dar um passo maior que a própria perna. O objetivo é apenas compartilhar mais uma etapa da vida do herói e entreter da forma mais simples.

Se não há muitos prós, também não há muitos contras em relação a Aquaman 2. Em comparação as demais produções Marvel/DC no ano, é um ótimo filme que não peca em erros bobos de produção, mas possui um roteiro mais trivial, no sentido de ser acessível a qualquer segmento que vá acompanhar nas telonas. Uma boa pedida para o período do natal em que o cinema está repleto de filmes no mínimo questionáveis.

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