Fã ou não, quem teve a sorte de viver na mesma época em que Amy Winehouse encantava o mundo com suas composições de jazz, sabe muito bem a sua história. De relacionamentos abusivos a vícios em substâncias, a cinebiografia Back to Black pouco nos mostra algo inédito sobre a trajetória da cantora.
Amy Winehouse, uma das maiores vozes de sua época e que mantinha o jazz vivo no topo das grandes paradas musicais, ganhou sua cinebiografia dirigida por Sam Taylor-Johnson, diretora de Cinquenta Tons de Cinza. Hollywood parece ter de fato conseguido cada vez mais ganhar dinheiro com historias de artistas que nem vivo mais estão. E Amy, infelizmente, não escapou de mais uma trama sensacionalista e com informações necessárias ocultadas.
Assista ao trailer do filme Back to Black:
Como dito, a trama demonstra seu sensacionalismo bem presente quando comparamos com os fatos retratados no longa. Acontecimentos marcantes documentados pela mídia da época aqui são retratados de uma forma bem exagerada, com cenas em que Amy age totalmente diferente de como realmente aconteceu fato. Além de, claro, reduzirem a cantora a uma história de amor entre ela e seu ex-marido, Blake.
A obra também pouco foca na conexão de Amy com o jazz, e busca, de certa forma, distrair o público da responsabilidade que seu pai tinha sobre a sua saúde física e mental. Falando em seu pai, não duvido que o roteiro tenha sido alterado para dar mais destaque a ele, pois pouco vemos os outros membros da família de Amy no longa.
Porém, não enxergo apenas pontos negativos. Sua trilha sonora é de tirar o fôlego. Isso é com certeza um dos maiores acertos do filme. Em momentos em que seus grandes hits tocam, quem conhece cada música se encontra impossibilitado de ficar em silêncio, afinal estamos falando de um dos maiores ícones da música inglesa. Todas as cenas musicais são contagiantes.
Marisa Abela (Amy) entrega uma boa atuação, apesar do tom, por vezes, parecer caricato. Bem, acredito que grandes ícones sempre serão caricatos de qualquer forma, e uma das rainhas do jazz não poderia fugir disso. Seus trejeitos, suas performances, seu jeito de compor e cantar são bem representados na maioria das cenas.
Back to Black soa como um filme que visa acima de tudo não eternizar o legado de Amy Winehouse, mas sim surfar na onda de filmes biográficos que lucram com a nostalgia dos grandes admiradores dos artistas já falecidos, além de se darem bem nas grandes premiações do cinema.
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