Crítica | Wonka sai do óbvio e entrega AVENTURA SURREAL   

Wonka Timothée Chalamet resenha crítica do filme análise é bom

Nem sempre mudar é sinônimo de piora, mesmo que para uma franquia clássica já consolidada, uma nova abordagem pode significar revitalização. Um musical com diversos elementos fantasiosos, uma ambientação onírica e personagens cartunescos; esses são componentes que assinalam a nova estrutura narrativa escolhida para Wonka contar a história dos primórdios do produtor de chocolates mais ilustre do cinema.

Em Wonka, voltamos no tempo para conhecer os primeiros passos de Willy Wonka (Timothée Chalamet) em sua jornada, não só como fabricante, mas também como um inventor de chocolates. Neste momento, a famosa fábrica só existe nos planos mais utópicos de Willy, um jovem talentoso que sonha em compartilhar seus doces com todo o mundo. Muito diferente da personalidade excêntrica (e até traumática) que conhecíamos do personagem até então, o longa pincela seu protagonista como alguém mais ingênuo e altruísta, cujo motivações estão sempre diretamente ligadas aos seus questionamentos internos e emoções.

Assista já ao trailer deWonka:

A produção cuidadosamente lança seu novo filme no mês de férias e natal e tudo está equilibradamente adaptado para levar as famílias ao cinema. Época em que as crianças estão de férias e os pais procuram no cinema algo que fuja dos clichês natalinos e é então que surge Wonka, aflorando o desejo dos adultos de apresentar um clássico da sua época para uma nova geração. E não apenas o marketing foi assim pensado, toda a estrutura cinematográfica foi projetada para dividir atenção com a divergência do público, ora com humor e diálogos mais simples, ora aumentando a complexidade dos acontecimentos e até introduzindo reflexões mais herméticas.

Para um projeto desta condição mais atípica no cenário cinematográfico, o primeiro entrave se dá por escolher um elenco que consiga manejar os trejeitos e comportamentos mais caricatos ao mesmo tempo que consigam prender o olhar do público sem passar a sensação do ridículo acidental. Já o ridículo intencional é muito bem usado, principalmente pela dupla de golpistas que representam a ameaça mais leve de Willy ou até mesmo o chefe de polícia, conseguindo entregar um humor físico e despretensioso na medida.

Chalamet brilha como protagonista, exprimindo perfeitamente o jeito peculiar do personagem, mas com uma nova nuance, já que é mais jovem e menos experiente. Calah Lane dá vida a Noodle, personagem central da trama e principal membro do grupo principal, entregando uma personagem juvenil que consegue se conectar com o público de qualquer idade. Por fim, é importante destacar Paterson Joseph interpretando Slugworth, um vilão mais sério, responsável por dar maior carga dramática e conduzir a audiência a uma percepção mais real e impactante de perigo.

Wonka revigora a história do personagem homônimo, trazendo um enredo simples, mas bem conectado e executado. Uma aventura que é funcional para os mais variados tipos de público, honrando o legado da saga e principalmente divertindo e provocando boas risadas!

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