Crítica | Robô Selvagem é uma obra de arte super emocionante

Robô Selvagem análise resenha Crítica o filme é bom? animação da dreamworks

Robô Selvagem, nova animação da Dreamworks, é provavelmente a sua melhor produção. Com um enredo bastante criativo, carregado de emoção e técnica de animação encantadora, é impossível não se apegar a essa história tocante e atual. Em um cenário onde a inteligência artificial (IA) se torna cada vez mais presente na sociedade, o filme propõe uma reflexão profunda e envolvente sobre a relação entre o artificial e o natural, explorando temas de maternidade e sobrevivência de forma bastante comovente.

O longa é escrito e dirigido por Chris Sanders (Como Treinar o Seu Dragão e Lilo & Stitch). A trama gira em torno de um robô autônomo (Roz), projetado para ajudar famílias, que acaba isolado em uma ilha habitada apenas por animais. O robô, ao interagir com os animais e aprender a se adaptar como se fosse uma espécie selvagem, serve de metáfora para o que significa ser “vivo” em um mundo natural. Essa premissa, por si só, já carrega um enorme potencial criativo, permitindo uma série de abordagens narrativas.

Entretanto, a história vai além: ao incorporar o tema da maternidade, o filme expande suas ambições e cria uma narrativa emocionalmente rica. A relação entre o robô e uma criatura vulnerável (um filhote de ganso) que ele protege como uma mãe é o coração da história, criando um elo poderoso entre o público e os personagens.

Assista ao trailer de Robô Selvagem:

Além de seu enredo, Robô Selvagem impressiona pela sua animação de alta qualidade. A Dreamworks, aqui, volta a utilizar técnicas de animação 2D e 3D, vista antes em Gato de Botas 2: O Último Desejo, com uma estética aquarelada única. Esse estilo visual é um deleite para os olhos, criando uma atmosfera quase poética que complementa a narrativa profundamente emocional do filme.

Um dos maiores acertos do longa é o equilíbrio entre humor e drama. O roteiro é dinâmico, com diálogos que divertem e momentos que tocam o espectador sem nunca forçar a emoção. Em vez de apelar para sentimentalismos fáceis, o filme constrói suas cenas de forma orgânica, permitindo que a identificação com os personagens ocorra de maneira natural.

Independente do lado que esteja — seja você um filho que sente saudades da mãe ou um pai que se vê nas dificuldades e sacrifícios da criação de um filho —, Robô Selvagem ressoa em vários níveis e atinge diferentes públicos com sua mensagem universal sobre família, cuidado e crescimento.

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A originalidade da narrativa também merece destaque. Em tempos onde muitas produções seguem fórmulas pré-estabelecidas, Robô Selvagem se sobressai por criar algo novo do zero — apesar de ser uma adaptação de livro homônimo. Diferentemente de sequências como Divertida Mente 2, que, embora excelente, expande uma fórmula já conhecida (Divertida Mente, 2015), Robô Selvagem oferece um universo inédito, que é ao mesmo tempo cativante e surpreendente. Desde os primeiros minutos, o espectador é atraído para aquele mundo misterioso, descobrindo junto com o protagonista robô os desafios e belezas daquela realidade.

Robô Selvagem não é apenas uma das melhores animações da década, mas também a obra prima da Dreamworks. Sua combinação de uma narrativa envolvente, temas universais e uma animação tecnicamente deslumbrante faz dele uma experiência que transcende o público infantil, tocando adultos com suas reflexões sobre a vida, a maternidade e o papel da tecnologia em nosso mundo. Se a Academia de Hollywood levasse o Oscar de Melhor Animação a sério, como merecido, Robô Selvagem seria o vencedor óbvio.

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