Crítica | Alien: Romulus retoma o horror dos clássicos e dá novo fôlego para a saga

Análise resenha Crítica Alien: Romulus

Uma das mais relevantes franquias de horror da história finalmente retorna aos cinemas com sua mais nova empreitada. Alien: Romulus abarca o desconforto, aflição e claustrofobia meio a um cenário bem restrito (uma nave), sem forçar ameaças de escalas extraordinariamente maiores. Um grande exemplo do “menos é mais” bem caprichado, e algo que, de quebra, traz a saga de volta a sua proposta original.

Dessa vez, assumindo a direção temos Fede Alvarez, que ganhou notoriedade no gênero com grandes sucessos na última década como o remake de A Morte do Demônio (2013) e O Homem nas Trevas. Sua condução é extremamente sóbria, intercalando momentos dramáticos com sequências angustiantes, que em grande parte, tem como característica marcante o apelo visual, apresentando situações que chocam o público por tamanha bizarrice (no bom sentido da coisa).

O roteiro é sóbrio e não se arrisca em excesso. Não há qualquer sobrecarga nos detalhes ou mesmo a inserção de muitos fios narrativos, o que possibilita mais tempo para a trama trabalhar os personagens principais e suas relações. Ainda assim, para sair do ponto mais raso, alguns conceitos e diálogos inserem um subtexto interessante sobre estrutura social e traduzem a frustração dos indivíduos com o sistema.

Também há muito o que oferecer para quem busca se divertir com as camadas primárias da telona sem se preocupar com interpretações mais subjetivas. Os trechos que exploram o gore são de uma criatividade ímpar, no qual a produção aproveita com muita inteligência as premissas estabelecidas para as criaturas e as particularidades de cada espaço que os personagens ocupam.

Assista ao trailer de Alien: Romulus

Cronologicamente, o longa se passa no ano de 2142, entre Alien, o Oitavo Passageiro (1979) e Aliens, O Resgate (1986). Apesar disso, o mais novo capítulo pode andar com suas próprias pernas e não requer que você tenha assistido a qualquer outro projeto da franquia. Sua narrativa é simples e muito bem delimitada: logo no início é criado um conflito, alguns contratempos surgem para deixar a jornada mais complicada e por fim, temos a resolução para cada uma das figuras que nos foi apresentada.

Cailee Spaeny assume o posto de protagonista dando vida a Rain Carradine, que parte em uma missão de fuga com seu irmão Andy (David Jonsson). Para isso, a jovem precisa da ajuda de alguns amigos para tomar alguns equipamentos essenciais na tentativa de viagem. E como já falado anteriormente, o drama está presente e grande parte disso se deve ao empenho do roteiro para estabelecer o vínculo entre os irmãos, que por sua vez, tornam algumas reflexões que se convertem em importantes decisões, que acabam dando mais peso a cada micro acontecimento.

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O mais novo capítulo de Alien não se propõe a ser um novo marco do cinema, pelo contrário, joga no seguro e aposta em uma história não tão complexa, com a maior preocupação de recolocar a franquia nos trilhos e balancear novamente a ficção e o terror. E devo dizer que faz tudo isso com muita eficiência. O filme se traduz em muita ansiedade, que é passada de personagem ao espectador e por mais que possa escorregar um pouco no último ato, o saldo final de Alien: Romulus ainda é muito positivo.

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