Épico, catártico, extasiante. A 3ª parte, e primeira metade, da última temporada de Attack on Titan (Shingeki no Kyojin) retornou com um episódio especial de uma hora. Capaz de encher os nossos olhos de lágrimas e nos deixar boquiabertos de uma cena para outra, o misto de emoções entregue aqui é algo digno de um verdadeiro espetáculo cinematográfico.
Dividido em dois capítulos dentro do episódio, tudo foi muito bem construído e orquestrado, conduzindo nossa experiência para além de apenas uma história dramática. Repleto de metáforas ácidas misturadas à fantasia da obra, Attack on Titan é o ‘Game of Thrones‘ dos animes quando se fala em fenômeno — embora isso possa assustar aos fãs que conhecem a fundo as duas séries.
Assistir a todo o drama, dor e sofrimento de quem é arrebatado por um mal imparável é uma experiência amarga, mas acompanhar a trajetória de quem se desafia a contrapor esse mal, mesmo diante do colapso iminente, isso sim é instigante de verdade. O que nos faz ficar vidrados na tela é o fato de que nós não sabemos se os personagens podem ou não encarar aquela catástrofe, justamente porque eles mesmos não sabem. Por empatia, nós sentimos exatamente aquilo que está em tela: entendemos o motivo de um choro, rimos desconfortáveis com uma piada em meio ao caos e até nos empolgamos com uma fagulha de esperança desfundada.
Prometendo um desenrolar ainda mais emocionante do que vimos no primeiro episódio, a última temporada de Attack on Titan deve consagrar a obra como um marco na cultura pop. Mesmo com as expectativas balançadas por conta da finalização medíocre do mangá, ainda existe a possibilidade de que a adaptação altere o seu desfecho e restaure o status quo da obra. Seria quase um ato de má fé realizar um espetáculo tão incrível que seja finalizado de forma tão desafinada, por isso, que os responsáveis façam uma imersão na obra e “shinzo wo sasageyo“.
Os novos episódios de Attack on Titan são lançados todos os sábados no serviço de streaming Crunchyroll.
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