Se o primeiro Zootopia já era excelente, Zootopia 2 consegue ir ainda mais longe, e faz isso com uma naturalidade impressionante. A sequência é absurdamente divertida, daquelas que arrancam risadas altas sem a gente nem perceber. É um humor bem calibrado, inteligente no timing e cheio de personalidade.
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Mas o grande mérito do filme não está só na comédia. O novo capítulo aprofunda a relação entre Judy e Nick com um arco emocional surpreendentemente maduro. Dessa vez, a dupla enfrenta uma dúvida real: será que eles realmente funcionam juntos ou o sucesso anterior foi apenas um acaso? A história explora essas diferenças com delicadeza, mostrando como cada um enxerga o mundo e como essa falta de alinhamento vai gerando atritos, inseguranças e conversas difíceis. É bonito ver os dois descobrindo que, no fundo, nunca estiveram sozinhos, só faltava coragem para admitir suas vulnerabilidades.
Além disso, Zootopia 2 introduz novos personagens muito carismáticos, que enriquecem a trama e abrem espaço para debates sociais relevantes. O destaque absoluto é Gary, uma cobra que inicialmente parece ser uma ameaça, mas rapidamente se revela doce, sensível e completamente encantadora. Ele também é o centro do debate sobre preconceito contra determinados grupos, e o filme aproveita esse gancho para revisitar a história de Zootopia e questionar narrativas distorcidas. Funciona muito bem!
Visualmente, a animação está impecável. Detalhes, texturas, composições, tudo muito caprichado. E claro, a Disney não perde a chance de encher o filme de referências deliciosas à própria história e à Pixar, algumas tão boas que merecem ser descobertas sem spoiler. A trilha também funciona muito bem, com aquela música pop-chiclete que faz bem o estilo da Shakira — gruda na mente.
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Outro ponto forte é a mensagem. Zootopia 2 fala sobre parceria, diálogo, confiança e sobre como duplas — sejam amigos, colegas ou irmãos — precisam aprender a se comunicar de verdade. É uma lição simples, mas muito significativa, apresentada sem didatismo excessivo. É impressionante como um filme infantil consegue ter tantas camadas e entregar algo tão emocionalmente honesto.
No fim das contas, Zootopia 2 é uma sequência que acerta em cheio: engraçada, envolvente, cheia de coração e mais madura do que parece à primeira vista. A Disney conseguiu entregar um filme que diverte do começo ao fim e ainda deixa aquele quentinho no peito. Uma continuação que não só honra o original, mas o eleva.
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