Misturando mistério, espionagem e uma pitada equilibrada de comédia, Código Preto é um thriller que envolve o espectador do começo ao fim. Com um roteiro empolgante, reviravoltas constantes e um elenco afiado, o longa se destaca por manter a simetria entre tensão e leveza, lembrando alguns clássicos do gênero, mas com uma abordagem mais estilizada e abrindo espaço para muitas vezes não se levar a sério.
A história acompanha um casal de agentes, Kathryn (Cate Blanchett) e George (Michael Fassbender) que se deparam com um grande problema de segurança na organização de inteligência que trabalham. Entre perseguições, deslealdades e jogos mentais, todos são suspeitos de ser um possível traidor. O mistério sobre a identidade do agente duplo mantém a narrativa pulsante, deixando o público atento aos detalhes e às possíveis reviravoltas.
Veja o trailer de Código Preto:
Uma das grandes forças do filme é a forma como ele mantém a audiência imersa, garantindo que a tensão nunca desapareça, mas sem abrir mão de momentos de descontração e humor britânico característico, marcado pela sutileza, sarcasmo e comentários atrevidos. A atmosfera remete a franquias renomadas como o clássico 007, porém com um visual mais moderno e uma abordagem mais refinada. A cinematografia e direção de Steven Soderbergh conferem ao projeto um ar sofisticado, reforçando a sensação de espionagem de alto nível.
O elenco é um grande trunfo, a dupla protagonista domina a tela com atuações impecáveis, vendendo a ideia de um casal de mais alta classe, habilidosos, finos, apaixonados e acima de tudo extremamente imprevisíveis. Eles não apenas sustentam o núcleo da obra com maestria, mas também vendem a proposta do filme de maneira natural e cativante. O elenco coadjuvante também merece destaque, ajudando a construir um clima de mistério e inquietação, essencial para manter o ritmo acelerado da trama.
Além do suspense, o longa brinca com os clichês do seu segmento, mas sem exagerar na autoparódia. Alguns momentos pontuais, como a clássica cena das câmeras de segurança que conseguem “dar zoom” de maneira surreal, são abordadas trazendo uma veia cômica. Isso deixa evidente que a produção não exagera na seriedade. Esse balanço entre tensão e uma espécie de descompromisso excessivo sobre a realidade faz com que a experiência seja fluida e cada mini descoberta afasta a trama de ficar maçante.
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Black Bag, no original, se revela um grande acerto do gênero, entretendo por várias vias. Um combo de ação, suspense e humor na medida. Com personagens bem estabelecidos, um enredo intrigante e um tom acessível, o longa se estabelece como um projeto de espionagem que empolga sem pausas, perfeito para o fã do gênero que busca uma experiência divertida e despretensiosa.
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