Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda respeita o passado e conversa com o presente | Crítica

análise resenha Crítica Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda é bom? Lindsey Lohan e Jamie Lee Curtis Sexta feira muito louca 2

Duas décadas depois do sucesso de Sexta-feira Muito Louca (2003), Lindsay Lohan (Anna) e Jamie Lee Curtis (Tess) estão de volta em Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda, uma continuação direta que acerta ao equilibrar nostalgia, atualizações temáticas e um humor afiado voltado para o público de hoje. O resultado é um filme leve, divertido e emocionante, ideal para uma noite descontraída em família.

Desde os primeiros minutos, é evidente o respeito à obra original. As referências ao primeiro filme estão por toda parte, mas são inseridas de forma natural, sem soar forçadas ou depender exclusivamente da memória afetiva do público. Ainda assim, quem conhece bem o longa de 2003 certamente vai se divertir mais com essas conexões, embora a nova produção funcione perfeitamente por si só.

Assista ao trailer dublado:

A maior força do filme, sem dúvida, está no reencontro entre Jamie Lee Curtis e Lindsay Lohan. Ambas voltam a interpretar suas personagens com a mesma energia e carisma de antes. Lohan, especialmente, parece viver um retorno significativo à sua trajetória, entregando uma performance sincera e envolvente. Jamie Lee, por sua vez, brilha novamente ao encarnar uma adolescente presa no corpo de uma adulta, e convence. As duas atrizes carregam muito bem o humor do longa, transmitindo química e domínio da comédia corporal.

Desta vez, a já conhecida troca de corpos não se limita apenas às protagonistas originais: o roteiro expande o conceito para duas novas adolescentes, representando a geração atual — Harper, filha de Anna (Lohan), e Lily, a filha do noivo de Anna. Essa atualização é um dos trunfos do filme: ele incorpora temas contemporâneos, piadas atuais e situações que refletem os dilemas e a linguagem da juventude de hoje. Tudo isso sem cair no ridículo ou parecer uma tentativa desesperada de “falar a língua dos jovens”.

O humor, inclusive, merece destaque. As piadas são bem posicionadas, funcionam dentro da narrativa e arrancam boas risadas sem recorrer a exageros. É um humor mais ágil, antenado e sensível às transformações culturais, capaz de entreter diferentes gerações ao mesmo tempo.

Outro ponto alto do filme é seu ritmo. A direção mantém o público engajado do começo ao fim, sem momentos arrastados ou cenas desnecessárias. A trama se desenvolve de forma fluida e, quando menos se espera, o filme já está próximo do final, o que é um bom sinal de envolvimento. Há leveza, emoção e até uma lição bonita sobre família, empatia e compreensão entre gerações.

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Mesmo os personagens secundários, com menos tempo de tela, são bem desenvolvidos e cumprem papéis importantes na dinâmica da história. As duas novas adolescentes acrescentam profundidade ao roteiro, representando um contraste geracional interessante com as protagonistas adultas.

Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda é mais do que um mero revival: é um filme pensado para unir quem cresceu com o original e quem está conhecendo essa história agora. É divertido, tocante e com uma mensagem que ressoa, principalmente se visto entre mães, filhas e famílias.

No fim das contas, é exatamente o que promete: uma comédia leve para assistir numa sexta-feira à noite e sair da sessão com o coração mais leve e um sorriso no rosto.

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