De tempos em tempos surgem filmes com elencos tão estrelados que pensamos “não tem como isso dar errado”; e para nossa sorte este é o melhor exemplo disso. Estrelado por Benedict Cumberbatch e Olivia Colman, Os Roses: Até que a Morte os Separe é uma das melhores comédias lançadas nos últimos anos.
Este filme é diferente das tradicionais comédias hollywoodianas. Na verdade, é uma excelente comédia não-romântica. Aqui, o humor tem traços britânicos muito característicos: mais situacional, sério na superfície, mas afiado no texto e impecável no timing. O roteiro é redondo e extremamente bem amarrado, que serve como a espinha dorsal da produção, garantindo que cada cena cumpra uma função narrativa e mantenha o espectador interessado até o fim.
Assista ao teaser:
A química entre Cumberbatch e Colman é surpreendente. Antes da estreia, talvez fosse difícil imaginar estes dois como um casal, mas na prática a combinação funciona perfeitamente. O entrosamento é tão convincente que torna cada interação divertida e, ao mesmo tempo, carregada de nuances emocionais. É um daqueles casos em que o trabalho de casting merece todos os elogios possíveis.
O elenco coadjuvante também tem seu brilho. Personagens secundários, interpretados por nomes carismáticos como Andy Samberg (sim, o eterno Jake Peralta de Brooklyn Nine-Nine), Kate McKinnon e outros rostos reconhecíveis, contribuem para intensificar o humor e dar mais camadas às situações. Mesmo aparecendo em papéis menores, eles são necessários e funcionam como um tempero extra em um prato que já era saboroso.
A direção de Jay Roach (Entrando Numa Fria) acompanha de forma competente o trabalho do elenco e do roteiro. Não há desperdício de takes ou cenas, tudo está ali para servir à narrativa. O filme é ágil, nunca perde o ritmo e entrega humor de maneira constante, até mesmo nos momentos em que a história se permite respirar um pouco mais. Nesse ponto, o humor é usado não apenas para arrancar risadas, mas também como ferramenta para provocar reflexões sobre relações, conflitos e emoções humanas.
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Se há uma ressalva, ela se encontra no último ato. Durante alguns minutos, o tom muda de forma brusca e a narrativa dá uma pausa no humor, o que pode causar certo estranhamento. Felizmente, isso dura pouco: logo o roteiro retoma o controle e conduz a trama para um desfecho coerente e muito bem construído, que não é aquele final açucarado típico de comédias românticas, mas sim o encerramento que já estava sugerido desde o início da história.
No fim, Os Roses: Até que a Morte os Separe se revela uma comédia brilhante, envolvente e inteligente. É o tipo de filme que nos diverte sem nunca subestimar o público, que sabe equilibrar riso e reflexão e que passa voando diante dos nossos olhos. Fácil candidata a melhor comédia do ano!
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